sábado, 5 de novembro de 2016

Pontos norteadores da educação

Com respeito aos pontos da docência que considero importante e são norteadores da prática educativa: • Domínio do conhecimento é o principal fator de sucesso do docente, pois demonstra segurança do professor e credibilidade no contrato psicológico celebrado entre ambos. O discente deve ser estimulado a participar no processo de construção do conhecimento, mas o professor deve estar preparado para responder ás dúvidas e preencher as lacunas. • Outro fator determinante diz respeito ao Planejamento educativo. O plano deve considerar a posição político pedagógico da instituição (alinhado com suas convicções pessoais), uma opção por determinada teoria do conhecimento e por uma teoria pedagógica. Além disso, envolvem as estratégias de ação, os recursos materiais e humanos. Devem ficar claro os objetivos educacionais que se pretende atingir com cada conteúdo, para que a avaliação seja fundamentada em atingimentos mensuráveis. O plano deve responder claramente perguntas norteadoras como Onde estamos? Aonde queremos ir? Como iremos? Como estamos indo? • Além do conteúdo técnico referente à área de formação do discente, o professor deve ter em mente a construção de uma consciência cidadã, incutindo ao longo da apresentação do conteúdo, as questões éticas e sociais envolvidas na atividade profissional futuro formando, além da conscientização de seu papel político na sociedade. • Por fim, a prática do ensino deve ser bem estruturada com o tratamento didático da aula, o que passa inicialmente por uma preparação tanto do professor quanto do aluno. A preparação do professor se dá pelo planejamento intencional das aulas. A preparação do aluno visa criar condição de aprendizado, através da curiosidade, das conexões da matéria nova com a anterior e a geração de expectativa em relação ao evoluir do aprendizado e principalmente quanto à exposição clara dos objetivos da aula. Outro ponto muito importante é a aplicação do conhecimento aos problemas do cotidiano, aos problemas dos pais, da família, da sociedade e em quaisquer grupos onde estivermos envolvidos, avançando da teoria à prática e provocando uma análise crítica da realidade e a consciência da responsabilidade social e política de cada membro da sociedade. Quanto ao Multiculturalismo e a Sociedade, devemos reconhecer a necessidade da especialização para gerar profundidade na pesquisa e amplitude do conhecimento. O discurso moderno do clamor por interdisciplinaridade decorre da falta de contextualização gerada pelas disciplinas, pois o estudo disciplinar produz via de regra, desvinculação da realidade seja por falta de conexões claras, quanto por anacronismo, na medida em que algumas ciências avançam muito rapidamente. O trabalho do professor deve buscar as convergências disciplinares, como escreveu Brasil (1989, pag.89) “A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas , ao contrário , mantém sua individualidade e integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados”. Essa convergência será conseguida através de uma mudança de paradigma no processo educacional, onde os professores trabalham suas disciplinas como universos isolados. Deve haver um esforço de coordenação para que haja ligações entre as diversas áreas do conhecimento e principalmente, conexões claras com o universo prático onde será submetido o futuro profissional. Com respeito aos procedimentos ou técnicas de ensino, devemos avaliar o perfil da turma e o tipo de conteúdo a ser transmitido ou habilidade a ser desenvolvida para definir a melhor opção. Em se tratando de ensino conceitual a aula expositiva cumpre bem a finalidade, observando a atenção do grupo para mantê-lo em sintonia com as ideias apresentadas. Conceitos mais complexos ou processos complicados devem ser demonstrados e habilidades específicas serão desenvolvidas através da prática supervisionada. Outras técnicas valorizam os conhecimentos prévios do aluno e sua capacidade de construção do mesmo, como: • Estudo dirigido, onde o professor propõe o conteúdo adequado e os alunos fazem a síntese. • Diálogo, onde dois alunos discutem um tema com a coordenação de um terceiro e observação da turma. • Seminário, onde os alunos buscam pesquisa de parte de um conteúdo proposto e apresentam em grupo ou individualmente para toda turma. • Por fim, temos a opção de utilizar a estratégia Phillips 66, onde seis pessoas discutem por seis minutos. Os participantes se revezam até que os alunos participem de todos os grupos, abordando o assunto em vários ângulos, visando o consenso. No que diz respeito à avaliação de aprendizagem voltada para a formação integral do homem e respeito às diferenças, devemos começar já na etapa da avaliação de diagnóstico, buscar identificar as características dos alunos, o nível de conhecimento deles e a capacidade contributiva de cada um. Avaliamos o perfil sócio econômico a fim de estabelecer a forma de contextualizar o ensino criando ligações com o ambiente social dos alunos. No decorrer do ensino, durante a avaliação chamada formativa, ir introduzindo questionamentos e estimulando a participação dos discentes, facilitando as conexões que ancorem a construção de novos conhecimentos e habilidades. Baseado em objetivos bem definidos, a avaliação somativa ou terminal pode esclarecer se houve atingimento dos alvos de ensino, tanto na formação de saberes, habilidades, quanto na formação do agente político intencional e responsável.

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